domingo, 31 de outubro de 2010

em ruínas

Sinto uma pedra em cima do coração, não sei se não ocupará o espaço físico do meu corpo. A minha mente por esta altura já viajou entre universos paralelos e dimensões que nem eu a fazia capaz de viajar. As tais das borboletas também existem, que metáfora perfeita.
Foi suave, foi bonito, foi macio, de um aroma fresco, foi sentido, foi explosivo, foi tão pequeno. Esfuma-se já como um sonho, meio acordado, meio dormido. Tangível, tão somente,numa realidade que não julguei já possível.
Depois veio a tristeza mista com a felicidade. Porque eu adorei, mas tu não. Porque me encontraste, e eu não te encontro a ti. Porque nos separamos e os meus olhos transbordavam lágrimas envolvidas em chuva, porque a minha cabeça viajava já sem mim. Porque o meu coração perdeu o pequeno blindado que tão duramente lhe embuti por tua causa, e agora bate desalmadamente, sangra, sofre e chora-me cá dentro, e como não o consigo acalmar cada vez mais se faz sentir, se vai tornando mais pesado. Como se dentro do meu peito debaixo das costelas e do externo estivesse um enorme coração a querer eclodir cá para fora. Como se por cima deste estivesse estacionada uma vasta derrocada.
Como se eu fosse um ser minúsculo e me engolisses. Como se ficasse só de novo a construir o que em segundos desconstruis-te.
Fiquei em ruínas.

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