sábado, 12 de junho de 2010

onda de calor

Veio como uma onda de calor, um ardor capaz de congelar almas e corações. um formigueiro tal que desmoronou certezas, renasceu incertezas. assim como um enlevo de desejo e abnegação, falsete de coragem e sentimentos, capaz por ventura de romper barreiras, desmoronar pessoas, tocá-las apenas com ondas de calor, qual seta apontada a um ou outro coração.

Corroeu horas, corroeu nações, corroeu fosse o que fosse o pensamento. de forma tal que me apaixonas-te de novo. como se me tivesses enlaçado trôpega corda no pescoço e sentisse então todo o meu pulsar apenas aí. entre ti e a vida. e amei-te de novo. não por novo ser, mas por novamente me fazeres desejar-te, minha linda imensidão.

desejei-te de uma tal forma que me envergonhei de o fazer. me envergonhei de te querer tanto, de seres meu tão bem querer. e assim estou. entre este e outro polo. onde vos amo. onde me odeio por vos amar. no limbo. a querer lutar para me agarrar mais a mim, menos a ti. menos a vós.
eclodir só e somente.

Sem comentários:

Enviar um comentário