quinta-feira, 10 de junho de 2010

pontualidade de amor


Bem-vinda, meu amor.

O quanto te apartei nesta evasão de tempo, e ainda assim fiel me regressas. Nem te sei exprimir o amor, nem te sei amar já na quantidade exacta, não desmesurada ou infantil de outrora.

Cada lágrima que aguento em mim, em jeito de repressão à admoestação de te odiar, encontra sempre teu regaço, teu enorme sorriso, compreensão, teu eterno e inefável retributivo amor. Que pontualidade de amor!

Amantes em horas certas, em vidas certas, em pontas soltas, mas certas. Na eternidade, na efemeridade, na circunstância, no momento, na vida, no milésimo de segundo. Sempre com a mesma exactidão. Quando te amo, me amas. E que melhor amor pode alguém ambicionar na vida? Certo é ser errado. E Errado sei-o ser. Mas te não deixo de amar por isto. Bela, sempre bela te apresentas. me acalentas. não me afugentas. Me abraças amor, me abraças intrinsecamente, por sermos união.

Pudera ser nosso amor vivido em plenitude, aceite na humanidade, num qualquer plano existencial e seríamos sublimemente felizes. mas porque devo, mais do que quero, não te posso amar tanto, tanto e já. Chegará o dia em que nos enlaçamos e por fim repousarei em teu corpo delineado de imensidão. E plenamente, não apenas pontualmente, te amarei por fim.


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